"Só uma mente livre é capaz de gerar pessoas          livres."
                        (Augusto Cury)06/01/2017

                                                             
   Este texto me foi proposto no inicio deste ano,pela minha professora de literatura. Escreveríamos uma carta para nós mesmos dizendo o que gostaríamos de realizar,e ao fim do ano abriríamos e poderíamos ver o que conseguimos realizar e o que não conseguimos. Achei interessante o que escrevi e resolvi publicar aqui no último dia do ano. Antes de tudo FELIZ ANO NOVO para todos.




 São Paulo,03 de fevereiro de 2011


   Venho por meio desta declarar minhas expectativas e esperanças para o ano de 2011. Há muito já venho querendo deixar claro meus desejos,mas só me foi possível agora.
  Após muitos anos de grande dedicação aos meus sonhos,este anos será o qual eu realizarei a maioria. 2011É um ano significativo,está nele depositado tudo o que um dia acreditei .
  Este ano,contando apenas com meu eu interior,pretendo finalizar o colégio (3ª ano do ensino médio)com boas notas e sem nenhum aborrecimento em geral,espero fazer de mim o grande orgulho de meus pais,como sempre fui. Uma grande barreira me aguarda no final deste ciclo de doze meses e espero ter forças para enfrenta-loe passa-lo com a cabeça erguida e sem complicações.
   Este é um ano de muitas aprovações e de grandes aprendizados,que espero levar para a vida. Os dias não mais serão como antes,tudo muda e eu só espero poder.
    Fica aqui clara minhas intenções.

                                                           Atenciosamente
                                                 Sonia Cavalcanti Orsolon



                                                                                                                  
O Retrato de Dorian Gray

“Toda arte é demasiado inútil”




Difícil descrever tal obra. É talvez magnífico, esplêndido, ou algo do tipo. Li o livro em cerca de três dias, ou menos,fiquei fascinada com cada página e palavra. Oscar Wilde reuniu em páginas a mais bela obra de arte que eu tive o prazer de conhecer.

Pelos seus diálogos percebemos questionamentos sobre a vida e nossa atuação nela. É um livro que nos faz pensar sobre os valores morais, a importância da beleza na sociedade, os prazeres da juventude, a vaidade e o caráter das pessoas. É um livro que não deve apenas ser lido, mas também sentido.
Dorian Gray é um rapaz belíssimo da alta sociedade. Ele posa para um amigo que é pintor: Basil Hallward. O retrato fica belíssimo e ao vê-lo Dorian exprime o desejo de que o quadro pudesse envelhecer e ele continuar eternamente com seu rosto jovem. Mal sabe ele que seu desejo é atendido e que sua vida sofrerá muitas mudanças.

Com as influências de um amigo, Lorde Henry, Dorian se torna egoísta, devasso e mau. No entanto, seu rosto continua com os traços angelicais dos seus 18 anos. Da boca do personagem Lorde Henry percebemos como Oscar Wilde via a vida e o autor declara em seu prefácio que "Vício e virtude representam para o artista a matéria prima da sua arte".
Para quem gosta de um bom romance aliado a suspense clássico esta aí O melhor.
Dados sobre o livro:
A capa acima é da editora Landmark do ano de 2009,primeira edição.
Hoje é o dia do Carlos Drummond de Andrade,e para homenageá-lo aqui vai uma poema dele :


RAPTO
(Carlos Drummond de Andrade)


Se uma águia fende os ares e arrebata
esse que é uma forma pura e que é suspiro
de terrenas delícias combinadas;
e se essa forma pura, degradando-se,
mais perfeita se eleva, pois atinge
a tortura do embate, no arremate
de uma exaustão suavíssima, tributo
com que se paga o vôo mais cortante;
se, por amor de uma ave, ei-la recusa
o pasto natural aberto aos homens,
e pela via hermética e defesa
vai demandando o cândido alimento
que a alma faminta implora até o extremo;
se esses raptos terríveis se repetem
já nos campos e já pelas noturnas
portas de pérola dúbia das boates;
e se há no beijo estéril um soluço
esquivo e refolhado, cinza em núpcias,
e tudo é triste sob o céu flamante
(que o pecado cristão, ora jungido
ao mistério pagão, mais o alanceia),
baixemos nossos olhos ao desígnio
da natureza ambígua e reticente:
ela tece, dobrando-lhe o amargor,
outra forma de amar no acerbo amor.